sábado, 4 de outubro de 2008

Eu sei...

Eu sei que sofres,

mesmo que não me digas,

por aqueles que te deviam amar,

e apenas te abrem feridas.

Eu sei que estás triste,

não precisas contar,

por aqueles que não te entendem

e só te sabem condenar.


Porque sei que é por mim,

que tudo isto acontece,

e por muito tempo que passe,

nada disto se esquece.


Que me amas também sei,

não é nenhuma ilusão,

mas tu também és Rei,

deste pobre coração.


Quero dizer-te amor

e fazer-te acreditar,

que para além de qualquer dor,

nasci para te amar...
Quantas vezes na vida,
a nossa alma é ferida
e cantamos a soluçar,
quantas vezes nos rimos ,
escondemos o que sentimos,
com vontade de chorar...

Amizade...

Tantos falam da amizade

sem saber o que quer dizer,

não pensando que na verdade,

tantos fazem sofrer.

Sentimento tão nobre,

que poucos conseguem sentir,

mas ao rico e ao pobre,

pode fazer sorrir.

Alegria partilhada,

tristeza dividida,

realmente não custa nada,

a amizade de uma vida.








quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Dizem...


Dizem que o tempo cura todas as perdas
ou que alivia toda a dor,
eles não sabem o que dizem...
Dizem que a saudade passa
e que com ela parte o amor,
eles não sabem o que dizem...
Dizem que nada é insubstituível,
que tudo tem solução,
eles não sabem o que dizem...
Dizem que tudo o que possuimos tem de ter alguma função,
eles não sabem o que dizem...
Porque a tua partida ainda me dói na alma,
e aquela dor que não se acalma,
a saudade que vem e me aperta
lembrando a tua viagem pra parte incerta
o teu amor é insubstituível na verdade
acordo para essa triste realidade
o teu amor por mim teve uma função
esse não foi ilusão
sou hoje o que foste para mim também
nunca te esquecerei minha querida Mãe...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Talvez...

O que faz com que nós,
simples mortais,
consigamos superar os problemas
e crises emocionais?


Talvez amar quem nos ama,
ou apenas amar a vida,
não deixa apagar a chama,
daquela esperança contida.


Talvez amar o amor,
é o que nos faz andar
para além, de qualquer dor
não podemos parar!


Seguimos o caminho em frente,
a chorar ou talvez a sorrir,
traçando um destino diferente,
daqueles que nos fizeram cair.

Quando te vi...



Não te sonhei,
mas desejei-te,
quis-te com toda a força do meu ser
esperei dia após dia
para te conhecer,
quando há muito te sentia.

Passo a passo
eu era o teu alimento,
ouvias a minha voz,
sabias o meu cheiro
quando eu queria ter-te sentido primeiro.

Lentamente, o tempo passava
e eu então pensava como serías,
só me restava esperar
e tentar imaginar,
quando aos meus braços chegarias...

O dia chegou
e naquele momento tão esperado,
o tempo parou
e tu ali, a meu lado.

Chamei-te de "meu amor"
pegando na tua mão
beijei-a com fervor
sentindo o bater do teu coração.

Olhaste para mim
e o meu mundo se iluminou,
todo o medo que sentia,
ali mesmo acabou.

Foi amor ao primeiro olhar,
dos maiores que se tem
nunca há-de acabar,
esta paixão de ser Mãe...!


Tudo que sempre quis...

Acabada de chegar a este lugar comum, onde o longe se faz perto, onde tudo o que sinto pode ser descrito, sem na verdade se saber quem sou! Não por medo ou vergonha de saberem que falo de mim, é apenas...porque sim!

Afinal quase sempre somos estranhos até para aqueles que olham para nós, mas sem nos ver. Quantos nos falam mas não nos conhecem... como se pudessemos conhecer alguém sem primeiro saber quem somos, o que queremos...

Vou-vos falar do que sempre quis, do meu mundo de criança, onde morava a esperança de vir a viver um conto de fadas, tal como as minhas bonecas, que nas minhas mãos ganhavam vida, aquela que sempre quis, numa espera contida desejando ser feliz...

Não sei se me perdi pelo caminho, se virei na estrada errada, ou se não me baralhei em nada e era assim que deveria acontecer...

Não é a vida, coitada, a culpada de meus infortúnios e sim apenas eu, ao confiar meu destino, nas mãos de alguém que não soube ser menino e ter, como qualquer petiz, o pequeno grande sonho, de vir a ser feliz...

Se a "vida é nossa" como tantas vezes falamos, porquê então seguir os outros, conscientes que erramos?!

Talvez não tenhamos crescido e fiquemos à espera quando nos magoamos, daquele abraço carinhoso e o beijo zeloso, na ferida que fazemos...

Quantas vezes quis voltar a ser criança, apenas para não pensar, só esperando que a vida fosse tão simples, como brincar!